ALMOÇO / CONVÍVIO

ALMOÇO / CONVÍVIO

Os futuros almoços/encontros realizar-se-ão no primeiro Sábado do mês de Outubro . Esta decisão permitirá a todos conhecerem a data com o máximo de antecedência . .
.
.

AS FILHÓS DA D. CRISTINA

por Jaime Serafim








.




.




Desde o início das lides deste blog, tenho seguido atenta e religiosamente o seu evoluir. É espantoso o trabalho de organização do João Jales! A sua criatividade, o bom humor sempre presente, o incentivo que dá aos participantes são de facto inexcedíveis. Este blog está mesmo a tornar-se num caso sério…

Por diversas vezes estive tentado a dar também a minha participação, escrevendo alguma coisa que contribuísse para tornar ainda mais rico o manancial de informação que já foi recolhida. No entanto, ou por entender que perante textos tão bem elaborados os meus seriam um lixo, ou porque o que teria para dizer seria de pouco interesse, ou porque estou transformado num preguiçoso… a verdade é que fui deixando passar…

Mas não posso agora deixar passar o que tenho lido nestes últimos dias…

Não sou um saudosista, mas textos como o da minha querida amiga Isabel Xavier, caricaturas como as da São Caixinha (que não vejo há tantos anos), réplicas como as da Júlia e da Laura (com quem tive o prazer de estar há pouco tempo, num belo jantar e numas pinguinhas, como diria a nossa Amália) são coisas que me calaram bem fundo e, de certo modo me comoveram, pela simpatia e amizade que sempre conservámos. Um beijinho de muito carinho para estas meninas.

E o texto do Jales sobre a cena do "Calhambeque"? Mas como lhe teria chegado ao conhecimento, uma coisa que sempre esteve guardada no segredo dos deuses? Sim, porque um professor que "canta" e "dança" uma coisa daquelas perante uma plateia tão circunspecta, não pode ficar bem colocado… o melhor seria mesmo esquecer… mas o Jales sabe tudo! Um abraço muito forte para si, João Jales!

Em breve espero enviar um pequeno texto sobre a minha vivência no Externato, nos meus tempos de aluno. Há excelentes professores dessa época que deveriam ser relembrados e que até agora ainda o não foram. Mas uma réplica da Isabel Xavier sobre "traquinices" com inspectores, em tempos mais recentes, trouxe-me à lembrança algumas, mas, pelo caricato da situação, não resisto em contar uma delas:

Na maior parte das nossas casas é da tradição que no Natal se façam filhós. Em minha casa era a minha Mãe que sempre as fazia e resultavam invariavelmente leves, estaladiças, deliciosas… mas em certa altura ela deixou-nos. Chegados às vizinhanças do Natal punha-se o problema das filhós – nem eu nem a minha mulher as sabíamos fazer.

Lembrei-me então que a ecónoma da Escola, a Sr.ª D. Cristina, também fazia de quando em vez umas filhós excelentes e pensei: vou pedir-lhe que me ensine e, se sou capaz de aprender outras coisas, também serei capaz de aprender a fazer filhós…

Falei com a Senhora que logo se disponibilizou para o efeito. Combinámos que seria na tarde de um certo dia. A seguir ao almoço ensinava-me a amassar. Depois ficavam a levedar e, lá para o meio da tarde, ensinava-me a fritar, porque também havia uma técnica especial a observar. Nessa altura eu era Director Executivo da Escola.

No dia aprazado para a minha lição de culinária fui visitado por uma inspectora. Com toda a formalidade que se reveste um acto de inspecção, recebi a Senhora num gabinete de trabalho e não me lembrei mais das culinárias.

A certa altura, a porta do gabinete abre-se e surge a D. Cristina, que com a maior naturalidade me diz: Então Sr. Dr., podemos ir amassar as "filhoses"?

Pelo ar perplexo da Inspectora, acho que ela deve ter pensado que estava a sonhar ou que ali se representava uma peça de Ionesco. Apesar do ambiente circunspecto e formal da reunião, decidi contar exactamente o que se estava a passar.

A Inspectora alterou completamente a sua postura hermética e rígida e disse-me:

- Adorava aprender a fazer filhós e não quero, nem por nada, perder esta oportunidade!

Lá fomos os três, Sr.ª Inspectora, D. Cristina e eu, em direcção à cozinha. A D. Cristina, como boa pedagoga, mostrou todos os ingredientes, que já tinha preparados, e iniciou a amassadura. Perguntou depois se algum de nós a queria concluir. Eu declinei, mas a Inspectora arregaçou as mangas da sua linda blusa de seda e pôs as mãos na massa. Amassadas as filhós, regressámos ao gabinete, mas o ambiente já era outro…

Um tempo depois, a D. Cristina telefona-nos dizendo que estava na altura de fritar. Lá fomos para a cozinha, onde já estava uma frigideira com óleo fervente e seguiu-se a lição sobre a forma correcta de fritar os pedaços de massa que se iam retirando do alguidar. A D. Cristina exemplificou e eu e a Inspectora fritámos as restantes.

Depois, sentados a uma mesa, com um prato de filhós quentinhas e um chá acabadinho de fazer, tivemos um lanche inesquecível (palavras da Inspectora).

Informação: A partir daí, sou eu que faço as filhós do Natal e, não é para me gabar, mas são das melhores que conheço.

Jaime Serafim
.
..........................................................................................
COMENTÁRIOS
Isabel X disse...
Bem se diz que a realidade supera a ficção! Se alguém descrevesse um episódio como este num qualquer romance, ou integrasse a sua representação num qualquer filme, todos considerariam a situação absurda. É que imaginar uma inspectora do Ministério da Educação a aprender a fazer filhós, numa escola, em conjunto com o Director Executivo, sob a orientação da ecónoma, e ainda por cima "metendo a mão na massa", literalmente, não é coisa que se imagine! Só foi possível porque aconteceu naquela escola, naquele momento, numa situação criada pela "traquinice" do principal protagonista! Quem mais se atreveria a convidar a inspectora a participar na lição de culinária em vez de desistir da dita? Quando falei em histórias com inspecções, referia-me a outras; esta desconhecia-a completamente. Ainda bem que o desafiei. O seu sentido de humor continua inexcedível, Dr. Serafim, como eu esperava, desejava e, agora confirmei! Concordo consigo ainda noutro ponto: este blog está a tornar-se um caso sério e que contamina tudo e todos! Confesso que eu também resisti bastante! O Jales tem destas artes! Obrigada!
- Isabel Xavier -
.
A. Justiça disse:
Esta história das "filhoses" prendeu-me a atenção por conter o insólito das personagens, com posições sociais nada típicas para este trabalho.
Recordei uma passagem da minha vida que jamais esqueci, também relacionadas com filhós. Decorria um qualquer ano, não sei precisar, da década de 60 do passado século, o meu pai levou-me a conhecer a minha avó, mãe dele, que vivia numa aldeia do Concelho do Fundão. Eu já era um garotão, frequentador da Bordalo Pinheiro em Caldas e na véspera do Natal lá fui conhecer a velhota, pequenina e simpática, como o são a maioria dos avós, já me incluo nessa geração, rezingona de maneiras simples e católicas. Televisão não havia, luz só a do petróleo, lume só o da lareira onde se cozinhava em panelas de ferro. Resolveu-se então começar a feitura das filhós. Todos os ingredientes, não me perguntem quais, amassadura e para final da primeira parte a respectiva cruz vincada sobre a massa seguida da espera da levedura onde fui obrigado a rezar não sei quantas Avé-Marias e Padre-Nossos, até que a velhota resolveu que a massa já tinha atingido o "ponto".
Ora, feito "parvo" e armado em menino evoluído, simplesmente perguntei:
- Oh avó, não era mais simples contar o tempo da levedura através do relógio?
Qual não foi o meu espanto, e fuga rápida para a porta da rua, quando ouvi, forte e asperamente:
- Herege! - seguido de outros nomes que não me atrevo a descrever.
Mas fiquei a saber que o tempo de levedura da massa só pode ser contabilizado através do tempo que as rezas duram. Nas filhós do Ano Novo optei por ficar em absoluto silêncio para não levar com a colher de pau que mais parecia uma moca de Rio Maior.
A. Justiça
.
Guidó disse:
Texto delicioso, tanto como adivinho que sejam as filhós do Serafim. Situação delirante e escrita à altura da mesma.
Realço o pormenor da blusa de seda, a dar à história um leve toque entre o sensual e o malicioso ...
Não sei fazer filhós, pode ser que no Natal de 2009 aprenda com o Jaime a fazer, ou tenha a sorte de provar uma. Posso-me inscrever???
Um beijo amigo
Margarida Araújo
.
Ana Carvalho disse:
Que texto engraçado, demonstra bem o sentido de humor de quem o fez.
Já agora, Dr. Serafim, que tal fazer uma aula prática de Ensino de Filhós? Eu já estou inscrita! Ou então , tal como a Guidó sugere talvez, quem sabe, no próximo Natal as possamos provar. Pense nisso muito a sério, estamos todos a salivar e a desejar que o Natal seja, por exemplo, prá semana! Porque não? Afinal Natal é quando um homem quiser.
Bjs PP
.
Júlia Ribeiro disse:
Posso candidatar-me a provar as suas filhós?
Obrigado Dr. Serafim pelas suas palavras,por esta descrição magnifica e a história deliciosa da amassadura e fritura das filhós a três....estou a imaginar....deve ter sido delirante!
Em minha casa sempre se fizeram filhós até há poucos anos.Era a minha mãe que as amassava e julgo que desde que tive capacidade para o fazer (já mais crescidinha) fui "obrigada" a adquirir a prática da fritura.Recordo e conto um episódio que se passou com as filhós.Era a minha irmã mais nova bébé,eu teria para aí 12 anos.Para a criancinha não chorar e estar a ver a mãe, o alguidar de barro em que estava a amassar as "ditas" foi colocado dentro dum cabaz em local visivel...o fundo ficou em vão e aconteceu o inesperado :parte-se o alguidar , toda a massa se derrama pelo chão da cozinha e lá se foram as filhós.....
Muito obrigada, Dr. Serafim, um grande beijinho e cá ficamos ansiosos, todos, à espera das Traquinices do Aluno. Júlia R
.
João Jales disse:
Este bando de gulosos só fala nas filhós! Trata-se de comentar um texto, o primeiro deste professor no Blog, e parece que estão a escrever para a Teleculinária!
Um dos motivos de sucesso deste espaço é o facto dos que aqui escrevem conviverem bem com quem são e com o seu passado. O dr. Serafim junta-se, sem saudosismos (como ele bem diz), a esse grupo. E não só com sentido de humor, mas com sentido de humor sobre si próprio, o que é mais raro, e por isso duplamente de saudar.
Por tudo isso fico a aguardar o depoimento do aluno Jaime Serafim ainda com mais curiosidade.
Um abraço. João Jales
(Já agora, se aceder aos pedidos desses gulosos interesseiros, não se esqueça deste seu amigo...).
.
J L Reboleira Alexandre disse...
As "filhoses" como sempre foram conhecidas e saboreadas lá na aldeia à luz do candeeiro a petróleo, ou, qual luxo, do petromax (seria este o nome ?) ou talvez, as filhós como aprendemos na escola (tema para discussão de linguistas)são de facto uns bolinhos com um peso enorme nas nossas memórias.
Até aqui bem longe, neste país do chamado Primeiro Mundo (cada vez entendo menos o que isto significa, mas enfim...)desde a primeira hora que esses bolinhos são presença indispensável na altura do Natal, e não só. A principio era a minha mãe que se encarregava da tarefa, mas quando os anos começaram a pesar, colocou-se-nos o dilema. Como continuarmos a comer filhós ? Felizmente que a companheira de há 30 anos, muito mais gaulesa que lusitana, pôs mãos há obra (ela não sabe que escrevo isto)e agora pelo menos durante mais uns anos está garantida a continuação dos bolinhos com açúcar (pouco) e canela. E não é que a mãe do meu neto que viu a luz pela primeira vez bem perto do Pólo Norte, já se mostra interessada em amassar, à mão claro, colocar a tal cruzinha no topo da massa, e após cobrir tudo com uma toalha (nunca entendi porquê uma toalha) esperar que esteja tudo pronto para ir para o óleo a ferver.O neto por enquanto demasiado pequeno, não tardará também, que lhes tome o gosto.Está assim garantida a perenidade das filhós em terras de Jacques Cartier, nas margens do São Lourenço.
.
Laura Morgado disse:
Quando abri o blog e vi o texto do meu professor, fiquei muito feliz. Obrigada, Dr. Serafim, por ter começado a escrever para todos nós.
De tudo o que li, percebi que o senhor é uma pessoa com muito humor. Essa faceta eu não descobri enquanto sua aluna, mas tenho pena.Fiquei encantada com o episódio das filhós, não era para qualquer um, dar aquela volta ao contexto.Como aprendeu bem a lição, espero que nos possa vir a ensinar a arte de confeccionar tais fritos.Quem sabe se não vamos ainda recordar umas aulas, mas desta vez doces!
Cuidado que o João Jales chama-nos gulosos, mas deve ser o primeiro a querer provar as filhós!
Espero que, com uma estreia tão fantástica neste espaço da família ERO, continue a escrever para nós, Dr. Serafim, pois vamos todos ficar à espera dos seus contos.
Para si um grande beijinho de amizade!
Laura
.
wicca disse...
Quem me dera provar essas delícias do Dr. Serafim... !Adoro essas coisinhas fritas mas não as sei fazer.Guida Santos
.
Fátima Gama Vieira disse:
Achei o máximo a história do "calhambeque". Também apreciei o que a São escreveu sobre o Dr. Serafim, que foi meu Professor de Físico-Química. do 2º até ao 7ºano. Professor de excelência em todos os aspectos, recordo muitas situações, algumas muito engraçadas. Por exemplo numa aula prática que teve lugar na tarde do dia de S. Martinho, em que às escondidas, enquanto ele ia ao lado da Física, nós assávamos bocados de chouriço no "bico de Bunsen". Quando ele regressava ao laboratório de Química escondíamos o chouriço no bolso da bata e o Dr. Serafim dizia "cheira-me a chouriço....”.Quanto ao dito, comemo-lo todo!
Recordo-me de irmos no Carnaval mascarados até casa dele, bem como de outros Professores. Convidavam-nos a entrar, a sentar e tentavam descobrir quem éramos, sabiam que éramos seus alunos, mas quais? O Dr. Serafim e sua esposa ora ofereciam um bolinho ora tentavam que algum de nós falando, rindo, etc., se "desmanchasse”… quando algum se descaía, era uma festa!
Também foi meu Professor de Matemática, depois do Dr. Azevedo ir para Leiria.
Em nossa casa a partir do ano de1968 passei de ajudante a cozinheira das Filhós da Beira Alta, receita da Mãe de nosso Pai. Podíamos trocar receitas, que me diz?
F G Vieira
.
farofia disse...
Venho um pouco atrasada para as filhós da dª Cristina, eu sei, mas não quero perder a vez de comentar o post tão 'à Serafim', ou seja, escrito com muito humor e muita ciência.
A gente sorri desta simplicidade e deste realismo. Porque não é qualquer professor de Química que se dispõe a agir numa cozinha com o mesmo à-vontade que no Laboratório de Química, misturando ingredientes, como se fossem sais e bases e outras soluções de fórmulas H2O... para os transformar nem que seja em filhós.
Com excepção do dr.Serafim não é para qualquer um entender o ponto exacto da amassadura, a temperatura ideal da fritura. Afinal, quase tudo na vida tem a ver com a química, bem vistas as coisas. As cozinheiras não têm de pensar nisso, basta-lhes 'ter mão'.
Que bem me sabia agora uma filhós!

5 comentários:

Anónimo disse...

Bem se diz que a realidade supera a ficção! Se alguém descrevesse um episódio como este num qualquer romance, ou integrasse a sua representação num qualquer filme, todos considerariam a situação absurda. É que imaginar uma inspectora do Ministério da Educação a aprender a fazer filhós, numa escola, em conjunto com o Director Executivo, sob a orientação da ecónoma, e ainda por cima "metendo a mão na massa", literalmente, não é coisa que se imagine! Só foi possível porque aconteceu naquela escola, naquele momento, numa situação criada pela "traquinice" do principal protagonista! Quem mais se atreveria a convidar a inspectora a participar na lição de culinária em vez de desistir da dita? Quando falei em histórias com inspecções, referia-me a outras; esta desconhecia-a completamente. Ainda bem que o desafiei. O seu sentido de humor continua inexcedível, Dr. Serafim, como eu esperava, desejava e, agora confirmei! Concordo consigo ainda noutro ponto: este blog está a tornar-se um caso sério e que contamina tudo e todos! Confesso que eu também resisti bastante! O Jales tem destas artes! Obrigada!
- Isabel Xavier -

Anónimo disse...

As filhoses como sempre foram conhecidas e saboreadas lá na aldeia à luz do candeeiro a petróleo, ou, qual luxo, do petromax (seria este o nome ?) ou talvez, as filhós como aprendemos na escola (tema para discussão de linguistas)são de facto uns bolinhos com um peso enorme nas nossas memórias.

Até aqui bem longe, neste país do chamado Primeiro Mundo (cada vez entendo menos o que isto significa, mas enfim...)desde a primeira hora que esses bolihos são presença indispensável na altura do Natal, e não só. A principio era a minha mãe que se encarregava da tarefa, mas quando os anos começaram a pesar, colocou-se-nos o dilema. Como continuarmos a comer filhós ? Felizmente que a companheira de há 30 anos, muito mais gaulesa que lusitana, pôs mãos há obra (ela não sabe que escrevo isto)e agora pelo menos durante mais uns anos está garantida a continuação dos bolinhos com açúcar (pouco) e canela.
E não é que a mãe do meu neto que viu a luz pela primeira vez bem perto do Pólo Norte, já se mostra interessada em amassar, à mão claro, colocar a tal cruzinha no topo da massa, e após cobrir tudo com uma toalha (nunca entendi porquê uma toalha) esperar que esteja tudo pronto para ir para o óleo a ferver.

O neto por enquanto demasiado pequeno, não tardará também, que lhes tome o gosto.

Está assim garantida a perenidade das filhós em terras de Jacques Cartier, nas margens do São Lourenço.

Unknown disse...

Quem me dera provar essas delícias do Dr. Serafim... !
Adoro essas coisinhas fritas mas não as sei fazer.
Guida Santos

Anónimo disse...

Venho um pouco atrasada para as filhós da dª Cristina, eu sei, mas não quero perder a vez de comentar o post tão 'à Serafim', ou seja, escrito com muito humor e muita ciência.
A gente sorri desta simplicidade e deste realismo. Porque não é qualquer professor de Química que se dispõe a agir numa cozinha com o mesmo à-vontade que no Laboratório de Química, misturando ingredientes, como se fossem sais e bases e outras soluções de fórmulas H2O... para os transformar nem que seja em filhós.
Com excepção do dr.Serafim não é para qualquer um entender o ponto exacto da amassadura, a temperatura ideal da fritura. Afinal, quase tudo na vida tem a ver com a química, bem vistas as coisas. As cozinheiras não pensam de pensar niso, basta-lhes 'ter mão'.
Que bem me sabia agora uma filhós!

Anónimo disse...

hm...hm..hm que filhós tãããõ docinhas são estes comentários, hmhmhm lambo os dedos a deliciar-me com esta: " Mas fiquei a saber que o tempo de levedura da massa só pode ser contabilizado através do tempo que as rezas duram. Nas filhós do Ano Novo optei por ficar em absoluto silêncio para não levar com a colher de pau que mais parecia uma moca de Rio Maior.
A. Justiça